Leonardo Dias

O objetivo deste espaço é implementar a discussão acerca das atualidades de nosso país. Política, Economia e Futebol (Esporte Clube Bahia) serão os temas mais abordados. Por mais que possa não parecer, esses assuntos estão extremamante integrados. Confira! (05/09/2005)

Continuamos na Campanha: "Nova Arena tem que ter capacidade para 80 mil pessoas" (26/02/2009)

ARENA na Bahia, prevista para apenas 55 mil pessoas (Muito pequeno para a Bahia)
Ainda dá tempo de reverter o que estar por vir, continuamos na campanha!

O Projeto de Salvador como sub-sede para a Copa 2014 já foi apresentado e a nova Fonte Nova terá a capacidade reduzida para apenas 55 mil pessoas, sendo 15 mil espaços divididos entre camarotes, tribuna de honra, cadeiras especiais e etc. Ou seja, o estádio terá apenas 40 mil lugares em arquibancadas. Enquanto isso, uma cidade como Brasília, onde nem time tem para torcer, e depois que a copa passar o estádio a ser construído não terá nenhuma serventia, apresentou um projeto já aprovado para 76 mil pessoas.-Nem precisamos dizer o porque a capacidade de apenas 55 mil pessoas é pequena para o caso da Bahia. Todos sabem como é o comportamento da torcida aqui, o que destoa de qualquer lugar do país.

Perguntamos se construir a tal arena esportiva, cujo projeto prevê a implantação de Shopping Center's, McDonalds, cinemas e motéis, é uma demanda específica dos torcedores que costumam freqüentar a Fonte Nova. A consecução desse projeto é uma demanda do povo da Bahia ou visa atender a necessidade de exploração da iniciativa privada do que até então é publico, e portanto do povo? -"Elitizar" o acesso aos estádios de futebol é a intenção subliminar. Retrair o publico através do aumento no valor dos ingressos é admitido como uma forma "plausível" de "resolver o problema" que é o elevadíssimo número de torcedores que costumam lotar a Fonte Nova. Só entrará quem pode pagar caro. O povo que se contente com seu radinho.

Não é necessário dizer que, caso essas expectativas venham a ser confirmadas, estaremos mais uma vez caminhando na contra mão da nossa historia e rumo ao regresso de uma sociedade mais justa e igualitária.

Não trata-se de proselitismo, até por que a paixão do torcedor fala por si só, mas há de se perguntar até quando vamos permitir passivamente a concretização desse projeto de alastramento da exclusão social em salvador, na nossa Bahia, no nosso Brasil?

Carecemos de um projeto construído de forma publica com a participação efetiva de todas as torcidas, do Bahia, do Vitória - patrimônio maior. Não podemos nos esquecer nunca que o direito de torcer é do povo, é da massa.

No ano de 2007, o E.C Bahia conseguiu uma média de público de 40.000 pagantes por jogo na série C. Foi a maior média de público do Brasil na época, com picos de até 60 mil pagantes (capacidade total do estádio). Os ingressos variavam entre R$ [10,00 - 30,00].Agora imagine o Bahia fazendo uma boa campanha na Série A, como o Vitória fez ano passado... é no minimo absurdo pensar somente 55 mil espectadores numa cidade tão populosa e com um clube de torcida tão fervorosa. Os ingressos iriam as alturas e boa parte da torcida que sempre acompanhou o clube ficaria prejudicada.Outra coisa, um estádio tipo "Fifa" é para se sustentar com vários outros empreendimentos, o futebol é o de menos. O maior exemplo que posso dar é o Camp Nou do Barcelona. Construido em 1957(mesma época da Fonte Nova) é totalmente confortável, atende as exigências da Fifa, se financia como ponto turístico, tem um museu do Barça com raridades e uma capacidade excelente: 98.934 torcedores sentados em poltronas adequadas!

Fonte Nova é para 80 mil pessoas, não tem qualquer cabimento 79.999 mil pessoas. Muitos desconfiam, tenho certeza, essa idéia de arena pequenas e acanhadas faz parte de novas estratégia dos clubes, que a venda de Pay Per View, 50 mil no estádio, outros 50 mil assistindo pela TV, não vejo outra explicação para uma redução na capacidade dos estádios enquanto a população cresce a cada dia