Leonardo Dias

O objetivo deste espaço é implementar a discussão acerca das atualidades de nosso país. Política, Economia e Futebol (Esporte Clube Bahia) serão os temas mais abordados. Por mais que possa não parecer, esses assuntos estão extremamante integrados. Confira! (05/09/2005)

Taça Brasil = Campeonato Brasileiro (27/02/2009)

A Taça Brasil (Campeonato Brasileiro), aqui vamos esclarecer os fatos.

A Taça Brasil (Campeonato Brasileiro de Futebol da época) começou a ser disputa em 1959. Seus vencedores foram os primeiros times a serem considerados campeões brasileiros. Alguns torcedores costumam dizer que a Taça Brasil não era um Campeonato Brasileiro de verdade. A motivação para isso é o fato de que seus clubes não venceram a competição e por isso tentam diminuir a importância desse que era o campeonato Brasileiro da época.Os argumento mais usados são o de que a competição era curta, regionalizada, a CBF não existia, A CBF não reconhece e etc. Aqui, vamos esclarecer por que a Taça Brasil é tão igual ou até mesmo de mais valor do que o atual campeonato brasileiro promovido pela CBF.
Taça Brasil: Qual a Diferença da CBD para a CBF?

Qual a Diferença da CBD para a CBF?A Confederação Brasileira de Desportos era a entidade brasileira responsável pela organização de todo esporte no país. Atualmente, cada modalidade tem a sua própria confederação, sendo que a entidade que faz o papel de desenvolver o esporte hoje através de uma estratégia global e articulando com todas as modalidades é o Comitê Olímpico Brasileiro.
Antes de cada esporte ter a sua confederação própria, todos tinham como referência a CBD, que era a entidade com voz máxima no Brasil.
A seleção brasileira, Penta Campeã mundial de futebol, conquistou 3 dos seus 5 títulos quando ainda a CBF não existia. Os títulos de 1958, 1962 e 1970 foram conquistados em um momento que o futebol brasileiro ainda era organizado pela CBD. Apenas o tetra campeonato de 1994 e o penta em 2002 foram levantados sob a tutela da atual CBF. Portanto, desconsiderar a CBD é o mesmo que afirmar que nós somos apenas Bi-Campeões mundiais, iguais aos nossos "Hermanos argentinos".
Como concordar que Pelé foi o maior jogador de futebol em todos os tempos se ele não foi campeão brasileiro e os suas três copas do mundo não valem de nada?
Em 1971 foi criada a CBF, uma organização que tinha por objetivo promover a gestão do futebol brasileiro, independentemente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), até então responsável pelo futebol no país. No mesmo ano, em 1971, foi criado o Campeonato Brasileiro. De 71 para cá, assim como nas décadas de 50 e 60, a principal competição brasileira recebeu várias denominações. Taça de Ouro (entre 1980 e 1984), Copa Brasil (em 1985 e 1986), Copa União (em 1986 e 1987) e Torneio João Havelange. Em 2003, o Brasileirão apresentou uma inovação: foi disputado por pontos corridos. O primeiro campeão foi o Cruzeiro, que como tinha vencido o brasileiro em 1966, tornou-se Bi campeão brasileiro. A formula de pontos corridos é mantidas até os dias atuais.
Os anos cinqüenta terminavam com o início de uma era: o Santos com sua galeria de títulos e Pelé surgia como o maior jogador de todos os tempos. Não era nada fácil bater um time que iria impor sua hegemonia em todas as competições dos anos sessenta. No entanto, o primeiro clube a ser campeão da Taça Brasil foi o Bahia. O primeiro título santista só veio em 1961. Depois dessa conquista, vieram outras quatro consecutivamente.

DESTRUINDO ALGUNS FALSOS ARGUMENTOS:

███ FORMATO DA COMPETIÇÃO?
Alguns usam também o argumento de que o regulamento da época em que os campeões regionais disputavam em mata-mata e não em pontos corridos (embora pontos corridos tenham surgido apenas em 2003 no Brasil). Usam argumentos também a respeito do nome que era ‘Taça Brasil’, mesmo sabendo q o Campeonato Brasileiro já teve vários nomes como 'Copa Brasil', 'Taça de Ouro', 'Copa União", “Nacional de Clubes” e "Copa João Havelange". O nome "Campeonato Brasileiro" surgiu oficialmente apenas em 1989, com o fim da Copa União e a criação também da Copa do Brasil (competição alternativa de segundo escalão). Portanto, é falso argumento em relação ao formato da competição.
███ REPRESENTANTES NA LIBERTADORES?
Ao criar a primeira edição da Taça Libertadores da América, a Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL)projetou reunir apenas os CAMPEÔES de cada país (os vice-campeões só foram admitidos no final da década de 1960). O campeão argentino, o campeão paraguaio, o campeão uruguaio, o campeão chileno. e o campeão brasileiro. Como até 1958, pelo fato de o Brasil ser um país continental, era difícil a realização de um campeonato Brasileiro, e, até aquele momento, só existiam no país os estaduais (mais uma vez, por causa da extensa dimensão continental). Como precisava de um campeonato nacional, e as extensas dimensões, precariedade dos transportes e a falta de recursos não permitiam a criação de uma Liga, a CBD (assim como a Federação Italiana e a Alemã, visto anteriormente) decidiu que o campeão brasileiro seria definido por mata-mata, reunindo campeões regionais e criou o primeiro campeonato brasileiro de futebol em 1959.
███ DISPUTA REGIONALIZADA?

Sobre o argumento da disputa inicial naquela época ser regionalizada, vale se destacar que isso ocorria em função da redução dos custos. A profissionalização do futebol ainda não existia. Para eliminar esse outro falso argumento é só fazermos comparações com os campeonatos nacionais de outros países em que a tradição e a paixão pelo futebol é semelhante ao Brasil. O campeonato italiano, em seus primórdios, era muito parecido com a Taça Brasil com as disputas regionalizadas e poucos times (4 ou 6 times). Mesmo considerando que a Itália, país de primeiro mundo isso ocorria em função da redução de custos. Era denominado "Campeonato Italiano de Futebol", muito semelhante a nossa Taça Brasil. Em 1929 foi substituído pela atual "Série A" em formato de liga. Por seu tamanho reduzido, foi possível o surgimento de uma Liga na Itália, diferente do Brasil em que o tamanho extenso do território não permitiu uma criação de uma Liga até uma maior evolução dos meios de transporte e comunicação. A Federação Italiana, entretanto, reconhece os campeões antes de 1929 como legítimos campeões italianos, tanto quanto os campeões da Série ANa Alemanha, a Bundesliga foi criada em 1964 no formato de Liga. Antes disso, o Campeonato era decidido em mata-mata. Entretanto, apesar da diferença de fórmula, a Federação Alemã também reconhece todos os campeões antes da Bundesliga como campeões alemães.
███ A TAÇA BRASIL TINHA POUCOS JOGOS?

A falta de conhecimento da história do futebol faz com que alguns desinformados argumentem na base da mentira, uma dessas falsas verdades é a de que a Taça Brasil seria uma competição disputada em poucos jogos. Vamos aos fatos:Um time Nordestino, por exemplo, para disputar a Taça Brasil com os times do restante do país tinha que percorrer um longo caminho: 1-Tinha que ser Campeão Estadual; 2-depois campeão do Nordeste; 3- depois campeão do Norte/Nordeste Para, só assim entrar na competição que contava com 16 clubes. A primeira Taça Brasil vencida pelo Bahia, , por exemplo,contava com a presença de times que representavam 16 estados diferentes em uma época em que, no país inteiro, existia apenas 22 estados. Hoje, na série A do Brasileiro, temos apenas nove estados sendo representados quando, no país todo, temos 26 estados mais o Distrito Federal. Em oito participações de Brasileiros na Libertadores de campeões advindos da Taça Brasil tiveram 50% de presença nas finais.Portanto, dizer que a Taça Brasil não tinha valor por que tinha poucos jogos é o mesmo que dizer que a Copa do Mundo não vale nada e o Brasil não é Penta Campeão, já que a competição tem apenas 7 jogos. É o mesmo que afirmar que o mundial Interclubes (Disputa intercontinental) não tem valor já que é disputada em apenas um jogo. Esquecendo que para chegar no mundial de clubes um time brasileiro, por exemplo, tem que ser campeão da Libertadores.
███ DIFERENÇA GRANDE: COPA DO BRASIL x TAÇA BRASIL

Quais as diferenças da Taça Brasil para a Copa do Brasil atual? tem gente que costuma comparar, então vamos apresentar as muitas diferenças entre elas.1- A Taça Brasil era o principal campeonato nacional de sua época, o verdadeiro campeonato brasileiro. A Copa do Brasil é o segundo torneio de futebol mais importante do Brasil. É realizada em moldes semelhantes aos de competições como a da Espanha, Copa da Inglaterra, Taça de Portugal, Copa do Rei, US Open Cup, e etc. Ou seja, é um campeonato de segundo escalão.2- A Taça Brasil reunia o melhores times do Brasil. Já na Copa do Brasil não reúne os melhores, pois os clubes que se classificam para a Libertadores (os melhores do ano anterior), não podem participar da Copa do Brasil no mesmo ano em que participam da competição continental, já que as duas competições têm muitas datas simultâneas. A Copa do Brasil é vista como um caminho mais curto para chegar à Taça Libertadores, já que uma equipe somente disputa no máximo 12 partidas para ser campeã.3-Taça Brasil todos os campeãoes tinham tradição nacional pois percorria-se um longo caminho para ser campeão. Já na Copa do Brasil, competição mais democrática, percebemos "distorções" onde times pequenos já foram campeões. Exemplos de campeões da Copa do Brasil: Criciuma, Juventude, Sport Recife, Paulista de Jundiaí e Santo André.

Continuamos na Campanha: "Nova Arena tem que ter capacidade para 80 mil pessoas" (26/02/2009)

ARENA na Bahia, prevista para apenas 55 mil pessoas (Muito pequeno para a Bahia)
Ainda dá tempo de reverter o que estar por vir, continuamos na campanha!

O Projeto de Salvador como sub-sede para a Copa 2014 já foi apresentado e a nova Fonte Nova terá a capacidade reduzida para apenas 55 mil pessoas, sendo 15 mil espaços divididos entre camarotes, tribuna de honra, cadeiras especiais e etc. Ou seja, o estádio terá apenas 40 mil lugares em arquibancadas. Enquanto isso, uma cidade como Brasília, onde nem time tem para torcer, e depois que a copa passar o estádio a ser construído não terá nenhuma serventia, apresentou um projeto já aprovado para 76 mil pessoas.-Nem precisamos dizer o porque a capacidade de apenas 55 mil pessoas é pequena para o caso da Bahia. Todos sabem como é o comportamento da torcida aqui, o que destoa de qualquer lugar do país.

Perguntamos se construir a tal arena esportiva, cujo projeto prevê a implantação de Shopping Center's, McDonalds, cinemas e motéis, é uma demanda específica dos torcedores que costumam freqüentar a Fonte Nova. A consecução desse projeto é uma demanda do povo da Bahia ou visa atender a necessidade de exploração da iniciativa privada do que até então é publico, e portanto do povo? -"Elitizar" o acesso aos estádios de futebol é a intenção subliminar. Retrair o publico através do aumento no valor dos ingressos é admitido como uma forma "plausível" de "resolver o problema" que é o elevadíssimo número de torcedores que costumam lotar a Fonte Nova. Só entrará quem pode pagar caro. O povo que se contente com seu radinho.

Não é necessário dizer que, caso essas expectativas venham a ser confirmadas, estaremos mais uma vez caminhando na contra mão da nossa historia e rumo ao regresso de uma sociedade mais justa e igualitária.

Não trata-se de proselitismo, até por que a paixão do torcedor fala por si só, mas há de se perguntar até quando vamos permitir passivamente a concretização desse projeto de alastramento da exclusão social em salvador, na nossa Bahia, no nosso Brasil?

Carecemos de um projeto construído de forma publica com a participação efetiva de todas as torcidas, do Bahia, do Vitória - patrimônio maior. Não podemos nos esquecer nunca que o direito de torcer é do povo, é da massa.

No ano de 2007, o E.C Bahia conseguiu uma média de público de 40.000 pagantes por jogo na série C. Foi a maior média de público do Brasil na época, com picos de até 60 mil pagantes (capacidade total do estádio). Os ingressos variavam entre R$ [10,00 - 30,00].Agora imagine o Bahia fazendo uma boa campanha na Série A, como o Vitória fez ano passado... é no minimo absurdo pensar somente 55 mil espectadores numa cidade tão populosa e com um clube de torcida tão fervorosa. Os ingressos iriam as alturas e boa parte da torcida que sempre acompanhou o clube ficaria prejudicada.Outra coisa, um estádio tipo "Fifa" é para se sustentar com vários outros empreendimentos, o futebol é o de menos. O maior exemplo que posso dar é o Camp Nou do Barcelona. Construido em 1957(mesma época da Fonte Nova) é totalmente confortável, atende as exigências da Fifa, se financia como ponto turístico, tem um museu do Barça com raridades e uma capacidade excelente: 98.934 torcedores sentados em poltronas adequadas!

Fonte Nova é para 80 mil pessoas, não tem qualquer cabimento 79.999 mil pessoas. Muitos desconfiam, tenho certeza, essa idéia de arena pequenas e acanhadas faz parte de novas estratégia dos clubes, que a venda de Pay Per View, 50 mil no estádio, outros 50 mil assistindo pela TV, não vejo outra explicação para uma redução na capacidade dos estádios enquanto a população cresce a cada dia

Contrariando a lógica (15/02/2009)



A partir da observação empírica que pudemos fazer nesses quatro primeiro jogos em Pituaçu percebemos a presença de um fenômeno que contraria a lógica de um time de massa, sobretudo no caso do Bahia que tem 75% de sua torcida composta de negros: Negros são minoria em Pituaçu.
O fato é que se existe memso uma "estratégia de "elitização" do acesso ao jogos do Bahia, ela já mostra algumas conseqüências negativas que merecem, no mínimo, uma reflexão por parte de nós. A presença de negros, que na Fonte Nova era maioria absoluta, hoje já não é tanta. O preço dos ingressos e as condições de acesso ao Pituaçu através dos ônibus são variáveis que explicam isso? Provavelmente sim
Um aspecto positivo que pode ser explicado, tanto pela boa fase do Bahia, como também pela elevação dos preços dos ingressos, é o retorno das famílias aos jogos do Bahia. Já alguns anos que não víamos na Fonte Nova, mesmo naquele setor da Fonte Nova aonde fica a torcida Fiel, isso não existia mais. Com Pituaçu também é possível perceber o aumento significativo da presença de mulheres e crianças no estádio. Aliás, muitas mulheres tricolores em Pituaçu.

Retrair o publico através do aumento no valor dos ingressos tem se mostrado uma estratégia eficiente do ponto de vista da alavancagem da arrecadação (são dois acertos com uma só cajadada), pois há uma forte presença do público, que não víamos no campeonato baiano nem na época dos "vale-shows". Tem gente que não ia à Fonte Nova e agora é presença garantida em Pituaçu.
Em relação as questões operacionais de um clube de futebol, devemos destacar que, há muito tempo que não é característica dos clubes do futebol brasileiro, a adoção da bilheteria como principal fonte de receita. Com o advento da profissionalização do futebol, as principais fontes de receita tem sido a venda de jogadores, cotas de televisão e de patrocínio (uniforme), publicidade, royalties, venda de direitos de imagem e receitas do clube social (piscina/academia/quadra entre outras). Segundo levantamento feito por estudiosos do tema, a receita de bilheteria representa apenas 7% da arrecadação média dos clubes profissionais brasileiros. No Esporte Clube Bahia é diferente. O Bahia não se enquadra nessa estatística. Neste sentido, a torcida do Bahia representa mais um contraste em relação a qualquer outra do futebol brasileiro. Não é equivoco dizer que a torcida do Bahia sustenta A principal fonte de receita do Esporte Clube Bahia tem sido sim as bilheterias, a presença de publico e enquanto não retornarmos à Série A, assim será.
Essa presença de um "público novo" evidencia que teremos sérios problemas no futuro. O povo que se acostumou a se contentar com seu radinho em jogos do baianão, mas que sempre se mostrou o mais fiel do Brasil, nos BaVi's e em competições nacionais ainda não teve motivos para ir ao estádio, Tem gente que só vai nos BaVi's e em jogos do campeonato brasileiro. Quando esse pessoal for, não vai entrar ou vai tomar o lugar de quem esteve com o Bahia desde sempre. 7-Isso vai acontecer em Pituaçu, mas não pode ser também na Nova Fonte Nova. Pituaçu é um paliativo. Todos esperam mesmo é a Nova Arena Fonte Nova, mas a frustração será grande quando for constado que o projeto da Arena que terá a capacidade reduzida para apenas 55 mil pessoas, sendo 15 mil espaços divididos entre camarotes, tribuna de honra, cadeiras especiais e etc. ou seja, o estádio terá apenas 40 mil lugares em arquibancadas não será suficiente para satisfazer as expectativas do torcedor, por tudo isso que foi mencionado acima.

PSDB de Savador discute inclusão social para a juventude. (16/05/2008)

Depois de discutir temas como Gestão Pública, Educação e Cultura, o PSDB mobilizou a sociedade para refletir sobre os desafios da juventude. Com o tema “Juventude e Inclusão Social” o partido promoveu mais um seminário, através do Instituto Teotônio Vilela,no Mar Azul Hotel, na Barra. O debate, que encerrou o Ciclo de Seminários “Salvador 2009 - Novos Caminhos”, teve a participação de Carla Aragão, jornalista e coordenadora executiva da ONG Cipó, de Selma Calabrich, diretora executiva da Escola Pracatum, de Elísio Pitta, diretor do Instituto Oyá, de Jane Vasconcelos, coordenadora de emprego e renda da Associação das Comunidades Paroquiais da Mata Escura e Calabetão, de Mestre Sabiá, coordenador da Associação Integrada de Esporte Arte e Cultura (Mandinga), e do economista Leonardo Dias, membro do PPS e representante da Fundação Astrojildo Pereira. O objetivo do partido é reunir boas experiências desenvolvidas em diferentes áreas sociais como gestão pública, educação, cultura, saúde e juventude. “O evento teve apresentações de grupos que desenvolvem excelentes trabalhos com jovens. ”, comentou o ex-prefeito Antônio Imbassahy, coordenador do evento.

Para o economista Leonardo Dias, membro da Executiva Estadual do PPS, “existe um déficit de implementação das políticas para a juventude”. Mas, em Salvador, uma série de iniciativas tem oferecido à juventude ferramentas para o exercício da cidadania.

Há nove anos, a Cipó Comunicação Interativa desenvolve um trabalho de educação através da comunicação, cujas principais diretrizes foram apresentadas por Carla Aragão, coordenadora executiva da ONG. Um dos projetos realizados é a Rede Sou de Atitude, uma articulação nacional de jovens, presente em 14 estados, que realiza ações de monitoramento das políticas públicas. “A Rede vai contar com o apoio do Unicef a partir de junho”, antecipou Aragão.

Comunidades dos bairros da Mata Escura, Calabetão, Jardim do Santo Inácio e adjacências têm, há 18 anos, o apoio da Acopamec (Associação das Comunidades Paroquiais da Mata Escura e Calabetão). Jane Vasconcelos, coordenadora de emprego e renda da instituição, problematizou a situação do jovem na busca pelo primeiro emprego. “As empresas preferem recrutar os jovens que têm alguma experiência, e, por conta disso, aqueles que precisam ingressar no mercado não têm emprego porque não têm experiência e não têm experiências e porque nunca trabalharam.” Apesar dessas dificuldades, a Acopamec conseguiu inserir 847 jovens no mercado de trabalho através das parcerias mantidas com mais de 60 empresas.

O Instituto Oyá oferece à população infanto-juvenil atendida o conhecimento do universo da dança e de outras expressões artísticas como as artes visuais, a música e o teatro. O coreógrafo Elísio Pitta, diretor do Instituto, ressaltou o intercâmbio cultural entre a comunidade e outros países a partir da atuação dos grupos Balé da Mata, a Companhia C, Cortejo Afro e o Centro de Referência Dança Negra. Coordenador da Associação Integrada de Esporte Arte e Cultura (Mandinga), Mestre Sabiá defendeu a inclusão da capoeira nas escolas municipais, como forma de promover a educação através da arte na rede pública de ensino.

Fonte: www.psdbbahia.org.br

Em Feira de Santana : Bahia 0 X 3 Federação Baiana (27/04/2008)









O Bahia foi roubado vergonhosamente no Jóia da Princesa. Mais um capitulo da gestão fracassada da Federação Baiana de Futebol que afundou o futebol baiano para a terceira Divisão.

A pergunta que todos se fazem é: foi correto o método que a FBF utilizou no sentido de motivar o campeonato baiano, escalando e incumbindo um Mané Louco Varrido para protagonizar o roubo sofrido pelo Bahia do inicio ao fim do jogo?

Depois da humilhação imposta pelo Bahia ao seu rival no barradão semana passada, a Federação Baiana de Futebol e alguns setores da imprensa se viram preocupados com a possibilidade do quarto trunfo tricolor consecutivo, o que praticamente definiria o campeonato,

Neste sentido, a FBF, escalou uma arbitragem que Influenciou diretamente no resultado do Ba Vi. Vamos enumerar os fatos que adulteraram o resultado da partida:

-Logo no início da partida, o jogador Rogério do Bahia recebe um lançamento primoroso dentro da área do Vitória e de cara com o goleiro adversário, coloca a bola no fundo das redes. Apesar de ter recebido a bola em posição legal, pois veio de trás da zaga, o juiz Mané Louco Varrido, com a conivência de seu auxiliar anula o gol legitimo que abriria o placar do Clássico.

-Com o placar ainda em aberto, o meio-campista do Vitória, Ramón Menezes, em uma atitude de covardia, deu uma cotovelada criminosa que atingiu o supercílio do volante Fausto do Bahia. Mané Louco Varrido fingiu que não viu uma jogada típica de expulsão.

- O lateral direito do Vitória, Marco Aurélio, deveria ter sido expulso ainda nos primeiros 45 minutos de jogo. Em disputa de bola com o jogador Avíne do Bahia, em pelo menos três lances, mereceu receber o cartão amarelo por entradas violentas. Mané Louco Varrido fez vistas grossas.

- Durante toda partida Mané Louco Varrido inverteu diversas faltas, sempre em favor do Vitória.

- A ansiedade gerada no sentido de prejudicar o Bahia era tão grande que o Mané Louco Varrido cometeu o erro ridículo de expulsar o lateral direito Fábio, com um suposto segundo cartão amarelo, seguido do vermelho, sem se dar conta que o mesmo não havia sido sequer advertido anteriormente. Vergonhosamente teve que voltar atrás em sua decisão.

-Estabeleceu uma regra para nortear o jogo: Ramon era intocável. Chegar próximo de Ramon significava falta do Bahia. Vale dizer que Ramon usou de sua experiência para reforçar as intenções do Louco Varrido. Claramente o arbitro estava sendo comandado pelo atleta experiente.

Fora isso, os três gols sofridos pelo Bahia foram derivados de Falhas individuais do sistema defensivo. O grande zagueiro Alisson não estava em uma tarde inspirada, assim como todo o time.

O que aconteceu hoje em Feira de Santana foi apenas mais um capitulo de gestão do Senhor Ednaldo Rodrigues, a mesma que ajudou a afundar o futebol baiano para a terceira divisão.

O mesmo que quando chegou a presidência da entidade encontrou a dupla BaVi na Serie A.e indiretamente, com ajuda das respectivas diretoras de Bahia e Vitória contribuiu para que nosso clubes chegassem juntos a terceira divisão em 2005. Na gestão dele, o futebol baiano chegou ao fundo do poço da terceirona. E que depois de um ciclo recessivo, o nosso futebol, sem ajuda nenhuma da Federação, apresenta relativos sinais de uma recuperação modesta com o Vitória voltando a série A e o Bahia saindo do inferno da série C.

O Lamentável é que essa gestão fracassada conta com o apoio significativo de parte da imprensa para referendar as suas ações à frente da FBF. Isso se dá através de mecanismos de propagação como mentiras e noticias falsas que servem para legitimar a gestão.

Quem não se lembra do ano passado, quando a imprensa baiana o ajudou a enganar o publico com aquele discurso da terceira vaga para serie C? Fez com que a opinião publica acreditasse que era mérito dele ter "conseguido a vaga", quando na verdade a mesma era assegurada pelo critério técnico que estabelece a posição das federações no Ranking da CBF, e que no caso da Bahia, juntamente com Minas Gerais,Rio Grande do Sul, Pernambuco,Goiás e Paraná, já existiam três vagas garantidas pela própria CBF.

A gestão de Ednaldo Rodrigues encontrou a Federação Baiana como a 5º no ranking brasileiro de Federações. Historicamente, só perdíamos para São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, hoje já fomos ultrapassados por Pernambuco Paraná e ainda este ano será a vez do futebol de Santa Catarina nos deixar pra trás.

O louco varrido que "garfou"o tricolor hoje, certamente não se atreverá mais em sua vida em apitar uma partida que envolva o Bahia, pois a partir de hoje sofre sérios riscos de linchamento, mas o que todos querem saber é: até quando vai durar a ditadura desse grupo na FBF?

PPS BAHIA (18/03/2008)










































"Leonardo dias Santos"

Leonardo dias PPS Bahia, imagens(Fotos-Padrão)

A violência da TUI tem explicação? (17/03/2008)


Não restam dúvidas de que esses Marginais da TUI- “Torcida Organizada Imbatíveis” estão afastando os torcedores que tradicionalmente desejam participar da alegria de comemorar as vitórias do seu time dentro de campo. Essa torcida é composta essencialmente de vagabundos desocupados travestidos de torcedores e a motivação maior de sua criação é baderna e a desordem. A ideologia que norteia os seus integrantes são a intolerância e a completa ausência de respeito para com o torcedor adversário. São marginais que não merecem as novas oportunidades que lhes foram dadas para conviver novamente em sociedade, uma vez que a maioria absoluta de seus integrantes possuem antecedentes criminais devidamente apreciados pela lei, mas infelizmente foram liberados para reincidir na pratica de atos nocivos à ordem social.

Identificá-los não é o bastante, é necessário principalmente puni-los severamente e efetivamente como única solução.

Orientados por uma hierarquia, os marginais submissos ao comando dos “chefes de torcida” assumem o papel de promoverem as brigas que começam com gritos e ofensas e posteriormente caminham para as agressões físicas a distância (pedradas, pauladas, tijoladas, bombas caseiras e infelizmente como ocorreu ontem até tiros que vitimaram dois torcedores do Bahia) e o contato físico passa a ocorrer exatamente quando já não existe mais nada para ser atirado. Essa é uma descrição perfeita e verdadeira do que realmente acontece.

Por outro lado, esse diagnostico grosseiro é apenas informativo e pouco analítico em relação à violência implementada pela Torcida Imbatíveis nos estádios de futebol e nos lugares urbanos de Salvador, pois não explica como se deu e se dá esse processo de multiplicação da violência, por isso ele deve ser ampliado de modo a compreender como ocorreu o surgimento de mais um grupo de criminosos, como essa torcida do Vitória que traz para nossa cidade o que já verificamos no Sudeste do Brasil.

Afim de explicar os por quês desse tipo de comportamento de uma torcida que surgiu para rivalizar com a Bamor e instalou a violência no futebol baiano, se faz necessário resgatar a própria historia do futebol do ponto de vista Social e Urbano

Existe um consenso entre os historiadores de que, logo quando chegou ao Brasil, o futebol era um esporte de elite, geralmente quem o praticava eram descendentes dos ingleses que pertenciam às classes mais abastadas do nosso país.

Ao longo do tempo, o futebol, por possuir regras muito simples e de fácil compreensão, além de ser necessário pouco material para se praticá-lo, começou a ser praticado também pelas parcelas menos favorecidas economicamente

Segundo historiadores do tema, a partir da ‘ruptura’ em relação ao preconceito por parte de grandes clubes é que se inicia uma vertiginosa elevação da popularidade do futebol, onde começam a surgir as Torcidas Organizadas, como uma espécie de agremiações “institucionalizadas” de origem urbana..

As analises mais grosseiras, em relação a violência na maioria das vezes possuem a tendência de evidenciarem as Torcidas Organizadas como algo longínquo das contradições inerentes a estrutura do Estado brasileiro, desprezando olhar social sobre o fatos ocorridos dentro e fora dos estádios de futebol.

Já os estudos mais recentes que buscam explicar a violência das torcidas organizadas argumentam que o surgimento delas acompanhou de maneira paralela o crescimento e a solidificação dos fenômenos Urbanos, inclusive o advento da própria violência verificada nas grandes cidades seria derivado disso.

Diante dessa percepção, é importante relacionar a violência praticada pelas Torcidas Organizadas de maneira direta com a realidade urbana que exclui, que violenta e oprime, e que estão presentes em todas as grandes cidades do Brasil.

Para os integrantes das camadas populares e mais violentos dessas torcidas, a própria violência se constitui em um fenômeno vivenciado no dia-a-dia. A violência está presente no meio urbano em que moram e assim a violência verificada no futebol termina sendo apenas um espelho dos problemas presentes na nossa sociedade.

Curiosamente, os “princípios” que estimulam a pratica da violência por parte dos integrantes são os mesmos que construíram a falsa noção do que é ser cidadão, do que é exercitar a cidadania, do que é participação política, Democracia, do que é seguir uma religião etc. Ou seja, “ser cidadão” é seguir determinados padrões. Seguir a risca esses padrões significa as vezes ser intolerante as concepções e valores alheios.

Neste sentido, podemos concluir que as ideologias que orientam os integrantes das torcidas organizadas como a TUI reflete a intensificação do processo de urbanização, em que resultam os seus contra-sensos de valores como: espírito de coletividade, espírito de competição, espírito de participação etc.

As rivalidades existentes entre Bahia e Vitória não são nem maiores e nem menores do que Atlético e Cruzeiro em Belo Horizonte; Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo no Rio de Janeiro; Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos em São Paulo; Grêmio e Internacional em Porto Alegre ou ainda Atlético e Coritiba em Curitiba. E justamente por isso, é interessante correlacionar diretamente os dados da violência que se apresentam como sendo ligadas ao futebol com as informações acerca da própria violência urbana verificada em cada uma dessas capitais.

Para reforçar a noção de que a violência no futebol é associada ou até se confunde com a violência verificada nessas cidades é necessário enfatizar que embora o patamar das rivalidades entre os times sejam muito próximos, os índices de violência resultantes delas são diferentes em cada uma dessas capitais, onde Porto Alegre e Curitiba- cidades que apresentam os menores índices de violência em geral, são também as que apresentam dados menos assustadores no futebol, justamente em função também de apresentarem menores discrepâncias Sociais.

Salvador e a própria rivalidade entre Bahia e Vitória proporcionava uma distorção dessa correlação, uma vez que embora a nossa capital seja a mais desigual e uma das cidades mais violentas do país, no futebol era diferente, sendo a rivalidade apontada inclusive como modelo de torcedor para o resto do Brasil, mas isso infelizmente terminou com o surgimento da Torcida organizada Imbatíveis.

Já passou da hora de extinguir o direito desses vândalos da Torcida Imbatíveis de freqüentarem os estádios, mas também vai ficando cada vez mais longe o horizonte em que enxergamos um futuro diferente de um colapso social

De quem é a culpa? (03/032008)

Foi no mínimo equivocado a conclusão do inquérito divulgada ontem que indicou a acusação da atual diretoria do Esporte Clube Bahia como um dos responsáveis pela tragédia ocorrida na Fonte Nova. A diretoria é culpada por várias tragédias ocorridas com o Bahia nos últimos anos, isso é um fato. Mas, será que é culpada também pelo que ocorreu no dia 25/11?

Durante o campeonato, e mais precisamente no último jogo, onde ficaram de fora cerca de 50 mil pessoas sem conseguir ingresso para adentrar a Fonte Nova, o desrespeito para com o torcedor ficou evidente. Pessoas procuravam informações sobre ingressos na portaria da Sudesb e eram covardemente agredidas por policiais irresponsáveis e despreparados. A diretoria do Bahia não teve o mínimo de preocupação nesse sentido. Vendeu os ingressos para cambistas, como uma forma de pressionar a torcida a aderir ao famigerado programa "Onda Tricolor".

Por outro lado, culpar o Esporte Clube Bahia pela tragédia do desabamento da Fonte Nova não tem cabimento. A culpa é da Sudesb. A culpa é do governo do Estado, pois legalmente, o E. C. Bahia apenas solicita o estádio. Cabe ao órgão competente (Sudesb) avaliar e posteriormente concedê-lo para realizações de eventos. O descaso para com o Patrimônio público não é diferente do verificado nos governos anteriores, os quais sempre estivemos dispostos a combater.

O governo Wagner vem tentando promover a oposição do Bahia, o que em certa forma é até interessante, mas os objetivos deles são diferentes dos desejos dos torcedores. Já fizeram “conferência”, exigiram reforma nos estatutos, mas tudo ficou apenas no discurso, ou seja, de concreto até agora nada, além do populismo que costuma nortear as administrações petistas.

O Superintendente Bobô foi indicado pela figura que representa diante da nossa torcida, e por ser atualmente adversário de Maracajá por conveniência, pois sempre foi a favor. Atualmente militante ativo da chamada "oposição tricolor", a indicação de Bobô para o cargo indica uma postura estratégica do Governo em relação ao uso da torcida do Bahia como mecanismo de propagação de uma avaliação positiva em relação ao Governo.

Talvez o nosso ídolo Bobô não tenha a instrumentalidade ou o conhecimento técnico necessário para exercer a função que foi delegada a ele, sem observar critérios inerentes a tecnicidade . A maior parcela da culpa pertence ao Governo do Estado e, infelizmente, através de mecanismos de propagação como radialistas , sites, blogs e etc, uma falsa verdade está se legitimando como incontestável.

Não dá para entender (Edital para requalificação de Pituaçu) (29/01/2008)


No mínimo muito estranho o edital publicado pelo Governo do estado, através da Conder, convocando empresas para apresentarem suas propostas de implementação de obras e serviços de engenharia para requalificar, reformar e ampliar o Estádio Roberto Santos (Pituaçu).

Segundo o edital, os interessados devem obter as “informações que precisam” no dia de hoje e proporcionar um orçamento até as 10h30min de sexta-feira, um prazo extremamente encurtado. Perguntamos: Que empresa séria ousar-se-ia a apresentar um orçamento para um projeto dessa dimensão em pouco mais de 24 horas?

Perguntar não ofende.

Por que o Bahia deve jogar no Barradão ? (26/01/2008)


Temos que rever seriamente essa história de manter o mando de campo no estádio Jóia da Princesa. O estádio tem se apresentado como se fosse um campo neutro. Os ultimos resultados negativos ocorridos representam tropeços que não seriam toleráveis na Fonte Nova. Não devemos esquecer que o mando de campo é nosso. Portanto, estamos jogando jogando "em casa" sem o apoio da torcida.

O estádio Alberto Oliveira pode ser considerado “neutro”, na medida em que constatamos a ausência do torcedor do Bahia em Feira de Santana. È fato que os torcedores do Bahia não estão comparecendo. A torcida sempre campeã do Brasil em presença no estádio por diversas temporadas está órfã da Fonte Nova.

A elevação nos preços dos ingressos como um meio de retrair a demanda, juntamente com a distância de 110 km são variáveis explicativas ao pífio comparecimento da Torcida tricolor nessas primeiras rodadas. Partindo desse pressuposto, seria lógico acreditar que se o Bahia mandasse os jogos no estádio do Barradão, o comparecimento seria maior? a resposta é sim. Conscientemente, passamos a admitir a possibilidade de mandar os jogos no barradão quando consideramos as questões operacionais de um clube de futebol como fatores que se refletem dentro de campo.

Em relação as questões operacionais de um clube de futebol, devemos destacar que, há muito tempo que não é característica dos clubes do futebol brasileiro, a adoção da bilheteria como principal fonte de receita. Com o advento da profissionalização do futebol, as principais fontes de receita tem sido a venda de jogadores, cotas de televisão e de patrocínio (uniforme), publicidade, royalties, venda de direitos de imagem e receitas do clube social (piscina/academia/quadra entre outras). Segundo levantamento feito por estudiosos do tema, a receita de bilheteria representa apenas 7% da arrecadação média dos clubes profissionais brasileiros.

No Esporte Clube Bahia é diferente. O Bahia não se enquadra nessa estatística. Neste sentido, a torcida do Bahia representa mais um contraste em relação a qualquer outra do futebol brasileiro. Não é equivoco dizer que a torcida do Bahia sustenta o clube. Nos últimos anos, a principal fonte de receita do Esporte Clube Bahia tem sido sim as bilheterias, a presença de publico.

Fora da elite desde 2003, quando caiu para a serie B, o Bahia perde 80% da arrecadação das verbas de Televisão a que teria direito, e não para por aí. O problema é que além do prejuízo em relação às cotas de TV, um verdadeiro efeito cascata atinge toda cadeia de receitas do clube. Em função do arrefecimento da visibilidade, os potenciais patrocinadores se afastam, provocando redução nas receitas de publicidade. Os atletas revelados são vendidos por um valor muito abaixo do mercado da elite, pois tem os valores do direito de imagem que agregam ao valor do passe também reduzido em função da menor visibilidade. Dessa forma, o relativo “equilíbrio” nas contas do Esporte Clube Bahia como o pagamento de salários dos atletas e outros funcionários, só é explicado pela receita oriunda das bilheterias.

Neste sentido, O grande diferencial que é a torcida tricolor, também como fonte de arrecadação não pode ser desprezado como está sendo.

Apesar das infinitas restrições que temos ao Barradão, "lixão" como nós tricolores carinhosamente apelidamos o estádio que nos vai ser muito util, pelo menos até a conclusão da reforma de Pituaçu, o barradão se apresenta como um atenuante dos problemas mencionados acima. .

Em tempo, a Bamor já está cantando:

"Vamos torcer para o Bahia ser campeão, lá no lixão meu caldeirão..."

Inserção eleitoral do PPS Bahia em 25/11/2007



PARTICIPAÇÃO: VIRGILIO PACHECO. LEONARDO DIAS, FRANCISCO REBELO, IVANILTON ROCHA, TIAGO MARTINS, HANS SCHLEIER Programa Eleitoral do PPS da Bahia sobre a implantação da via náutica

O PPS e o PDDU* (23/11/2007)

O PPS não é contra o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU, por oportunismo. A decisão de votar contra o PDDU foi fruto de uma deliberação da executiva do partido. Para o PPS, o PDDU é um excelente instrumento de políticas públicas que permite planejar projetos municipais que organizam e desenvolvem o espaço urbano. O "problema" é que no PDDU existem ações que influenciam direta e indiretamente inúmeras questões na sociedade soteropolitana e baiana, como a infra-estrutura urbana, transporte e serviços públicos.

O Plano Diretor deve proporcionar que a evolução da cidade e das atividades econômicas urbanas ocorram sem violência ao meio ambiente. São questões que merecem um aprofundamento no debate, antes de serem aprovadas, sob pena de que prejuízos irreparáveis no futuro sejam verificados. Neste sentido, o PPS não é contra o PDDU. O PPS é contra a maneira como ele está sendo proposto.

O PPS, através do nosso representante no poder legislativo, o vereador Virgilio Pacheco, acredita na necessidade de adiar a votação do projeto que propõe mudanças importantes e permanentes na cidade. Entendemos que da maneira como está sendo proposto, o Projeto privilegia os interesses do capital financeiro, ao promover a especulação imobiliária, especialmente na região da orla, onde seria admitida a construção de grandes edifícios, a chamada verticalização, sem a contra partida necessária. Além disso, dá pouco enfoque a questões como transporte e acessibilidade.


Leonardo Dias – Membro da Executiva Estadual do PPS-Bahia

Fraude nas pesquisas de torcidas (16/12/2007)


Leonardo Dias- leonardodiasbahia@gmail.com

Observamos pesquisas fraudulentas que dizem que o Flamengo é a maior torcida. Que tem 33 milhões de torcedores. Que Corinthians tem a 2ª maior torcida. Os institutos de pesquisa do Sudeste superestimam os índices de torcida dos times destas regiões, mas esquecem que o Flamengo, por exemplo, não impõe uma média de 40.000 torcedores em um estádio há mais de 20 anos, e que o Corinthians mesmo em boa fase não bate recordes de bilheterias.

Outro desatino que verificamos facilmente é a manipulação dos dados reais produzida pelos meios de comunicação do Sudeste, mentindo em relação a quantidade de torcedores dos times destas regiões. Vamos ilustrar essa afirmação: O Rio de Janeiro tem uma população estimada em 2005 pelo IBGE de 15.383.407 habitantes. No Rio tem o Botafogo, Vasco, Fluminense, América e outros times. Portanto, no seu estado o Flamengo não tem uma “super torcida” como proferem, pois a divide com todos os outros.

A Bahia foi estimada pelo IBGE com uma população de 13.950.146 habitantes. Na Bahia a hegemonia do Bahia é evidente, seja ele medido através da presenças nos estádios, como em números absolutos. Foi constatado que o Bahia tem 70% da torcida e o restante torce pelo o Vitória, Fluminense de Feira e outros times sem expressão. Portanto, por estado o Bahia tem maior Torcida que o Flamengo. Outra questão: ser simpático a um clube não possibilita a conclusão de que o simpatizante seja “torcedor”. Tenho certeza que no Sul o Flamengo não tem simpatizantes, e no Nordeste só encontra simpatizantes em Alagoas, Rio Grande do Norte, Maranhão e Paraíba, pois na Bahia é um fiasco.

O Bahia ainda conta com um percentual significante de torcedores em Sergipe, Alagoas e, sobretudo no estado de São Paulo, devido ao processo de migração predominantemente baiano e nordestino ocorrido nas quatro décadas passadas, o que faz do Bahia a quinta torcida em números absolutos do estado de São Paulo, ficando atrás apenas dos quatro grandes clubes daquele estado, respectivamente, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos.

Qualquer questionário de investigação empírica que for aplicado em um pesquisa imparcial chegará a conclusão de que fora do Rio de Janeiro por exemplo, os supostos torcedores do Flamengo e do Vasco, na verdade apenas têm simpatia por esses clubes. Muitos deles chegam a afirmar que quando estes clubes enfrentam o próprio rival, eles torcem pelo time local.

Esse fenômeno é observado entres os times da Paraíba com Botafogo, Treze e Campinense; no Pará com Paysandu, Remo e Tuna Luso; no Ceará com Fortaleza, Ferroviário e Ceará Sporting; no Rio Grande do Norte com ABC, América e os times de Mossoró. no Maranhão com Sampaio Correia, Moto Clube e MAC; nas Alagoas com CRB e CSA e por aí vai... Geralmente as pessoas tem os times do sudeste como segundo time, já que os seus verdadeiros clubes de coração não disputam competições nacionais.

Um exemplo de procedimento correto que deveria ser adotado pelas pesquisas seria, por exemplo, perguntar para um habitante de Natal-RN: você torce para que time? Uma possível resposta seria: R: Flamengo!, a segunda pergunta seria: e em Natal? A resposta seria: :ABC (América-RN). A ultima pergunta seria: -Se jogar Flamengo e ABC, você torce para quem? A resposta padrão é : ABC- . A grave infração cometida por essas pesquisas é computar esse torcedor do exemplo mencionado como sendo apenas Flamenguista. Isso certamente é explicado pelo caráter irracional que costuma nortear essas pesquisas, ficando cada vez mais evidente o modelo descompromissado com o rigor cientifico na produção dos dados estatísticos.

Recentemente, um instituto de pesquisa admitiu que a sua base de dados foi uma pesquisa pela Internet. Que parâmetro seria esse que desconsidera o nível de desenvolvimento socioeconômico de cada região, inclusive o nível de inclusão digital?, pois a região Nordeste, e especificamente a Bahia situa-se entre os últimos no ranking das unidades federativas brasileiras em termos de acesso à WEB.

Um outro tópico essencial que geralmente é ignorado por essas pesquisas é o alto grau de bairrismo existente na Bahia. .Historicamente, o baiano, apesar de ser considerado “hospitaleiro”, ao lado do gaúcho, “disputa” o posto de mais barrista do Brasil. Isso fica evidenciado ao analisarmos categorias como cultura, hábitos e tradições. O Baiano é extremamente bairrista e costuma defender o que é seu, desde o acarajé até a exigência de cantar o hino do Bahia todos os anos no carnaval de Salvador, que é a festa mais popular do planeta, diante de milhões de turistas. Uma grande parte da população baiana alimenta um bairrismo desde o berço, onde os pais ensinam os filhos a gritar “Bahêea!”

Mais um fato curioso é que essas pesquisas não refletem nem de longe as estatísticas históricas e oficiais de publico presente nos estádios ao longo do tempo. Pois apesar de estar fora da divisão de elite já alguns anos, o Bahia continua a estabelecer recordes oficiais de publico.

A credibilidade de determinados institutos de pesquisas já não existe há muito tempo e essa desqualificação deriva historicamente de erros grotescos de estimações mal sucedidas em pesquisas político- eleitorais, que são o “carro-chefe dessas organizações. Se formos falar de Futebol, não precisaremos fazer muito esforço para concluir que a publicação dessas pesquisas é de uma tentativa de formar uma “opinião pública” que deve ou deveria atender a interesses diversos como publicidade, audiência de emissoras de TV da região sudeste, supremacia econômica e incontestável das regiões sul e sudeste e etc.

São pesquisas elaboradas por pessoas que não conhecem o Brasil e muito menos as peculiaridades de cada região. Essas pesquisas se constituem em verdadeiras fraudes que se assemelham as campanhas eleitorais.

Já está provado por estáticas desprovidas de parcialidade que o Bahia tem sim a terceira ou a quarta torcida do Brasil, ficando atrás de Flamengo e Corinthians. Isso é um fato. Doa em quem doer.

Leonardo Dias- leonardodiasbahia@gmail.com

Arena e o aumento da exclusão (14/12/2007)


VERDADEIRO TORCEDOR DO BAHIA, ESSENCIALMENTE POBRE, QUE DEIXA DE SE ALIMENTAR PARA IR AO ESTÁDIO, ESTARÁ ETERNAMENTE PROIBIDO DE FREQUENTAR A FONTE NOVA (ARENA)!

O governador decretou: o estádio da Fonte Nova será demolido.

Isso já estava decidido desde muito antes da tragédia ocorrida no domingo. Uma "decisão" que causou polemica nas ultimas semanas, e que fez com que o governo ficasse em cima do muro, e cogitando até recuar na decisão, pois até então, segundo a população, demolir a Fonte Nova, significava "destruir a historia', "destruir um patrimônio dos baianos". Ou seja, o respaldo da opinião publica para que isso ocorresse até então não existia.

A maior tragédia ocorrida em um estádio de futebol brasileiro será o argumento fundamental que faltava para que o Governo do Estado referende e agora, paradoxalmente com o apoio popular aquilo que estava previamente estabelecido. Especialistas em marketing eleitoral já foram consultados sobre como se deve dar o "espetáculo da demolição". Ficou decidido que o presidente Lula juntamente com o Governador apertará o botão que dará inicio a implosão

Perguntamos se construir a tal arena esportiva, cujo projeto prevê a implantação de Shopping Center's, McDonalds, cinemas e motéis, é uma demanda específica dos torcedores que costumam freqüentar a Fonte Nova. A consecução desse projeto é uma demanda do povo da Bahia ou visa atender a necessidade de exploração da iniciativa privada do que até então é publico, e portanto do povo?

O governo já declarou que o projeto com um orçamento em torno de R$ 300 a R$350 milhões será executado através de uma PPP- Parceria publica Privada. Além de subsidiar o capital privado investido, o governo irá entrar com recursos para reduzir o risco privado em obras que não são vistas como auto-sustentáveis ou cujo processo de maturação é indefinido.

Não é necessário entrar no debate acerca dos benefícios e malefícios das PPP's, mas vale ressaltar que ideologicamente este partido que atualmente representa o Governo Estadual e Federal, enquanto partido de oposição, sempre foi contra. O argumento clássico sempre foi o de que as PPP's atenderiam a uma lógica perversa de reprodução do capital, onde o estado impulsionaria uma nova ou até "pior forma de privatização", pois os contratos poderiam durar décadas.

Neste sentido, causa estranheza perceber que as concepções agora são outras e que o pragmatismo exagerado como foram conduzidos esses primeiros 11 meses (quase 25 %) de governo do PT na Bahia, sem acenar com nenhuma expectativa de mudança, deixa claro que o único projeto que existiu e existe, é o de se manter no Poder.

O ambiente democrático deve traduzir a aspiração do povo ao passo em que esta se traduz num aparelho institucionalizado pelo Estado, que convencionalmente cumpre princípios padrões das demandas sociais, uma vez que tais demandas devem ser comparadas e avaliadas diante de uma viabilidade técnica de alocação de recursos escassos.

"Elitizar" o acesso aos estádios de futebol é a intenção subliminar. Retrair o publico através do aumento no valor dos ingressos é admitido como uma forma "plausível" de "resolver o problema" que é o elevadíssimo número de torcedores que costumam lotar a Fonte Nova. Só entrará quem pode pagar caro. O povo que se contente com seu radinho.

Não é necessário dizer, que caso essas expectativas venham a ser confirmadas, estaremos mais uma vez caminhando na contra mão da nossa historia e rumo ao regresso de uma sociedade mais justa e igualitária.

Há de se perguntar até quando vamos permitir passivamente a concretização desse projeto de alastramento da exclusão social em salvador, na nossa Bahia, no nosso Brasil?

Carecemos de um projeto construído de forma publica com a participação efetiva de todas as torcidas, do Bahia, do Vitória - patrimônio maior. Não podemos nos esquecer nunca que o direito de torcer é do povo, é da massa.

Virgílio Pacheco e a fidelidade partidária (15/09/2007)

O vereador Virgílio Pacheco [PPS] é favor da fidelidade partidária. Tanto é assim que durante 20 anos militou no PDT, ajudando a defender a bandeira da educação e na formação da cidadania e mudou de partido justamente no momento em que percebeu que estas deixaram de ser as bandeiras defendidas pelo seu ex-partido, em profundo desacordo com o próprio estatuto e história do PDT.

A "fidelidade partidária" é o assunto do momento. No entanto, nem sempre os argumentos convocados no sentido de fazer a defesa do tema podem ser considerados corretos. Muitas vezes eles são contraditórios. Não há duvidas de que a decisão de ontem (04) proferida pelo Supremo Tribunal Federal- STF representa um marco histórico na política brasileira, mas há de se levar em consideração as distorções de tal deliberação.

A primeira questão é relacionada a importância da fidelidade partidária. Subentende-se que a fidelidade partidária é colocada em patamar elevado, até mesmo de mais importância do que a fidelidade dos eleitos às aspirações do eleitorado que os elegeram.

Entretanto, mais importante do que a fidelidade partidária está a assimilação por parte dos eleitos aos anseios do eleitorado. Tomemos como exemplo, um partido da oposição, onde seus parlamentares são eleitos em defesa de posições antagônicas à situação. Mas, que por outras razões (até mesmo o fisiologismo), passa dar apoio ao governo, sob o norteamento da cúpula do partido. Sendo assim, podemos considerar que os parlamentares do referido partido devem ser caracterizados como "infiéis", sendo que na verdade foi a legenda quem mudou de rumo? Contradizer a nova direção da cúpula partidária e se manter fiel as bandeiras que o elegeram deve ser considerada como ato de infidelidade? A resposta é não e o vereador Virgilio Pacheco, assim como próprio STF assim interpretou no dia 04 de outubro.

A prerrogativa para mudança de partido estabelecida e interpretada pelo STF é clara: "é absolutamente legal a mudança de partido nas hipóteses de perseguição política ou mudança de ideologia partidária, desde que seja possível declarar que a ideologia Partidária não mais se compatibiliza com a dos seus filiados."

Nas eleições de 2006, as urnas colocaram o PDT na oposição. Os parlamentares eleitos pelo partido apresentaram um discurso oposto ao que se faz presente na administração federal, da qual o PDT hoje faz parte. O processo de cooptação promovido pelo governo federal atingiu uma parte significativa da cúpula nacional do partido que de oposição ferrenha, hoje ocupa um ministério estratégico do governo Lula. A infidelidade da cúpula Pedetista representa um abissal distanciamento entre eleitor e eleito, aprofundando a crise de representatividade, uma vez que parlamentares eleitos para a oposição hoje são Governo. São essas as razões que fazem com que a decisão do STF não atinja o mandato do Vereador Virgilio Pacheco.

Esse diagnostico foi fundamental no sentido de orientar a decisão amadurecida do vereador Virgilio Pacheco em ingressar no PPS - partido que elegeu parlamentares para representar a oposição no plano federal e continua desempenhando esse papel.

*É membro da Executiva Estadual do PPS da Bahia e Vice-presidente estadual da juventude

Oposição tricolor também é adepta da politicagem (14/03/2007)


A politicagem continua enraizada no Esporte Clube Bahia. No Futebol, como na política, toda história tem dois ou mais lados, todo fato tem duas ou mais explicações que, por causa da característica passional de ambos, são comumente diferentes. Na política, como no futebol, cada um sustenta seus argumentos à exaustão, cada lado apóia-se em suas convicções "até a morte". Ao longo do tempo, na Bahia, e mais especificamente no Esporte Clube Bahia, as relações entre Futebol e politicagem sempre foram nebulosas. Dirigentes eleitos democraticamente ou não, sempre deram um "jeitinho" de apropriar-se do prestigio que o esporte oferece, aproveitando-se da popularidade que equipes e jogadores conquistavam em campo. É também nesse ambiente que surgem os diversos grupos da chamada "oposição tricolor".

Formado basicamente por alguns conselheiros, políticos, poucos cronistas e torcedores simpatizantes com a idéia de ter um "Bahia Livre", esse grupo sustenta a tese de que as péssimas administrações ao longo do tempo capitaneadas pelo grupo do Conselheiro Paulo Maracajá se constituem na principal variável à explicar as sucessivas tragédias sofridas pelo glorioso esquadrão. Neste sentido, a saída de Maracajá representaria a "ressurreição tricolor".

É verdade que o Conselheiro Maracajá sempre manteve (e continua mantendo) a influência de um verdadeiro dono do Bahia, pois desde que deixou a presidência do Bahia, há mais de 15 anos, praticamente todos os mandatários tricolores tiveram o aval de Maracajá. A relação de Maracajá com o E. C. Bahia assemelha-se a de muitos políticos que costumam reclamar da situação, reconhecem as dificuldades, mas juram que estão "cumprindo uma missão designada por Deus". Ou seja, jamais "largam o osso".

Por outro lado, fazendo-se uma análise imparcial, chegaremos à conclusão de que o grupo de Maracajá só continua comandando o E. C. Bahia por causa de uma oposição formalmente inexistente, pois se existe ela é incompetente, omissa, inepta. Vale lembrar ainda que o grupo de conselheiros que se autodenominam ser de oposição no Bahia, já esteve no poder por dois anos, em 1996 e 1997. Foi um verdadeiro fiasco!. Foi na gestão do grupo que se diz de oposição, que o Bahia caiu para a segunda divisão pela primeira vez em sua história.

A passagem da oposição no comando do Bahia só é lembrada pelo período que conseguiu acelerar o processo de falecimento do E. C. Bahia. Quem não lembra de Antonio Pithon e o seu "time dos sonhos tricolor"?

Dentre as articulações que o grupo de oposição vem promovendo destaca-se, sem dúvida a organização de uma passeata histórica no ano passado pedindo a renuncia coletiva dos atuais mandatários, da qual inclusive participei, mas que efetivamente serviu apenas à pseudos-tricolores, políticos e radialistas aproveitadores com interesses completamente distintos da massa tricolor, que não preciso citá-los, e que praticamente assumiram o comando do movimento para atingirem outros objetivos.

Com relação aos principais lideres de torcidas organizadas, considero que são parecidos com aqueles políticos adesistas, que como mariposas, vão aonde a luz do Poder está acesa. Os líderes de torcida usam os outros torcedores como massa de manobra para barganhar diante da diretoria. Neste caso as torcidas organizadas sempre subsidiaram as gestões que sucederam-se ao longo do tempo no E. C. Bahia em troca de ingressos, bandeiras ou passagens para acompanhar o time e até mesmo manifestações de apoio a Direção.

É de estarrecer que na atual situação do Clube, não exista uma oposição de verdade dentro do quadro de conselheiros do Bahia, sem que os interesses estejam embrenhados pela politicagem. A verdadeira oposição é formada pela torcida tricolor e não por grupinhos insatisfeitos por que receberam uma fatia menor do bolo.

Não sou conselheiro do Bahia, mas me considero de oposição, pois não apoio o modelo de administração seguido pelo por esse grupo que afundou o Bahia. Por outro lado, não apoio uma recomposição com ex-colaboradores do atual grupo e que só pulou fora quando percebeu o barquinho afundando. Já passou da hora de se arquitetar um projeto de reestruturação total de um das maiores riquezas do Estado da Bahia, o Esporte Clube Bahia. Carecemos de um projeto construído de forma publica com a participação efetiva da toda a torcida tricolor - patrimônio maior do Esporte Clube Bahia. Não podemos nos esquecer nunca que o Bahia é do povo, é da massa.

A Ortodoxia da Política econômica do Governo Lula é a intensificação de uma estratégia equivocada (05/09/2005)


O modelo econômico seguido atualmente pelo Governo Lula surgiu como um viés teórico clássico e ortodoxo para a condução da política monetária como centro de uma "estratégia neoliberal de desenvolvimento" iniciado no Governo FHC. Essa estratégia tem logrado relativo êxito, no que tange ao combate à inflação, a tão festejada "estabilidade" da Economia Brasileira. Vale ressaltar que isso deve-se essencialmente à manipulação da taxa de juros. O Banco Central condiciona a política monetária com base a uma inflação acumulada em doze meses em reação à meta estabelecida, assim sendo, promove alterações na taxa básica de juros, com base no índice de inflação passado e de expectativas futuras.

Essa estreita relação entre taxa de juros e inflação traz à tona uma reflexão acerca dos efeitos colaterais dessa política, a qual foi intensificada pelo Governo Lula. Parece que os executores da Política Monetária não levam em consideração, as reações negativas que a taxa de juros exerce sobre algumas variáveis macroeconômicas como, por exemplo, a própria inflação. Os altos juros praticados acabam por elevar os custos da produção em geral, e o desaquecimento da economia tem como conseqüência uma subutilização do aparelho produtivo, e inevitavelmente leva à elevação dos custos unitários de produção.

A taxa de juros vem influenciando também a poupança, que teve, comportamento de queda durante os últimos anos, o que limitou não só o crescimento, mas principalmente, a capacidade de crescimento futuro da economia. De fato as altíssimas taxas de juros contribuíram de maneira essencial para que o aprofundamento do grau de vulnerabilidade externa da economia fosse intensificado, já que aumentou a dívida publica e limitou a capacidade crescimento futuro da economia.

Por outro lado, a política monetária praticada nos últimos anos pode ser considerada como o fator principal na contribuição para elevação extraordinária da relação Divida/PIB. É consenso que se ao longo do tempo a política monetária não fosse tão contracionista, o superávit primário necessário à estabilização da dívida não precisaria ser tão elevado. Merece destaque principal o fato de que a elevação da dívida publica se intensificou mesmo diante de um superávit fiscal estabelecido junto com o Sistema de Metas para a Inflação em 1999, e provavelmente mais grave ainda, esse endividamento ocorreu sob um crescimento muito grande da carga tributaria no país, principalmente nos primeiros quatro anos de Governo Lula.

Durante todo Plano Real a carga tributária cresceu mais de dez pontos percentuais em relação ao PIB. Esses registros foram traduzidos em um aumento relativo da participação do Estado na economia, aumentando a sua capacidade de arrecadação pela União, Estados e municípios. A carga tributária passou a crescer a proporções maiores nos últimos anos, diante da necessidade de se conseguir um superávit primário, imprimindo um volume maior de impostos ao contribuinte brasileiro. Mesmo considerando que a carga tributária liquida de juros permaneceu relativamente no mesmo patamar, conclui-se que o aumento da carga tributária brasileira tem como objetivo tentar amenizar os reflexos da política monetária sobre o lado fiscal, tentando manter a capacidade de gastos públicos .

A atual estratégia de política econômica tem se mostrado eficaz na redução das taxas inflacionárias, ao passo em que pode ser considerada desastrosa em relação à queda do PIB, redução significativa do nível de renda. e uma taxa de investimento muito inferior as reais necessidades do país. A elevação dos juros como gerador de desemprego e queda na produção pode ser vista também sob a ótica do consumo: um aumento na taxa de juros contrai o consumo das famílias, o que impacta diretamente sobre a propensão marginal a investir das empresas.

A comparação do Modelo Econômico brasileiro com a experiência de outros países emergentes, modelos naturais de comparação, Rússia, China, Índia e até mesmo a Argentina, evidencia que os Bancos Centrais estrangeiros apresentam diversos pontos de flexibilidade, destacando a preocupação com o crescimento do produto e o emprego. Nesses países, A política de controle às pressões inflacionárias considera flutuações do hiato do produto para conduzir a política monetária. Essa observação é refletida nos resultados obtidos por outras economias emergentes, onde a política monetária utilizada pelos bancos central locais está direcionada tanto no controle da inflação como na estabilidade do produto.

A atual estratégia de Política econômica e a sua "estabilidade monetária" ainda não se mostraram um incentivo à atividade produtiva. Os defensores do modelo apresentam argumentos de que o mesmo é administrado de forma a ganhar a credibilidade na política econômica. No entanto, a degradação social e financeira, tanto do Estado como das classes produtivas, não tem a tendência de suportar tal ganho de credibilidade. Se os credores externos e internos, que financiam os desequilíbrios macroeconômicos da economia brasileira, não traçarem uma nova estratégia de favorecer os seus rentistas (em que faça parte o processo de acumulação), o atual modelo estará progressivamente caminhado para o seu fim.

Foi formada no Brasil uma classe média-alta que vive de rendimentos de aplicações financeiras, e que sustenta politicamente a manutenção de juros elevados. É o fenômeno denominado de "triunfo dos rentistas sobre os produtores". Neste contexto, torna-se necessário levantar o debate em relação às possíveis alternativas de política econômica para o Brasil.

Leonardo Dias Santos